segunda-feira, 29 de abril de 2013

Indignação. Indigna Nação ?





Eu respeito, muito, gente com o talento para escrever.

Respeito o Duda Tajes. Respeito a Claudia Tajes. Respeito o Luiz Henrique Rosa. Respeito a Martha Medeiros. Respeito o Marcelo Pires. Respeito a Letícia .  Respeito o  Gazzola. Respeito o Vitor Knijnik, o Silvestrin e muitos outros (que provavelmente ficarão  brabos com meu não citar).

Eu não escrevo. Despejo.

Despejo minhas insatisfações.
Ou melhor, fal de  minhas idignações.


O post de hoje é fruto de cinco dias de muita , mas muita indignação.

Refiro-me, ao  assassinato primitivo da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza.  
Foi um absurdo.
Ou melhor .Não foi absurdo. Foi triste. Foi  de doer. De chorar. 

Aqui entre nós: triste é nossa falta de indignação.

Toda semana tomamos conhecimento de algo terrível que arrasa uma família brasileira.

Um jovem de 19 anos leva um tiro na cabeça sem reagir.

Uma jovem , em Porto Alegre, e seu namorado entregam o carro e ela morre.

Um serial Killer mata 6 e ...tudo bem...

Na semana passada foi uma dentista. Com uma vida de doação.

Toda semana assistimos esse absurdo.


Ou melhor ,todo dia assistimos tudo  isso calados.

Caras pintada, aumento de passagem merecem protesto?
Respeito. Acho prá lá de válido.

E a  vida não?

Falta Nação ?

Falta Indignação ?

Falta Indigna Nação?
Hoje sem trilha. 




segunda-feira, 8 de abril de 2013

Descaso com Instituições Filantrópicas. Vergonha é pouco.



Nosso país é um catálogo de coisas que nos envergonham.
De A até Z.
Vamos encurtar e citar os , infelizmente,  já  consagrados.
Educação, Ética,  Corrupção,  Impostos., Responsabilidade fiscal e Saúde.
Nesse último tema é o  que dedico o post de hoje .

A paralisação dos hospitais filantrópicos , que aconteceu hoje, foi  extremamente  importante.
Se não fosse  atos , como o de hoje,  os gestores públicos não estariam  nem ai.
Usam e abusam da boba  lógica: “ o paciente não vai ser atendido”.
É uma decisão difícil, das entidades filantrópicas. 

Não é uma questão de escolha. 
Não atender, reivindicar, reivindicar não atendo.
Pessoas carentes necessitam de atenção, óbvio.
Mas, temos que pensar, que se o sistema filantrópico explodir eles nunca mais terão atendimento.
Um dia sem atendimento em nome do futuro é compreensível. 
Acredito.

O que não é compreensível é essa desatenção que o Estado (Estado ?) brasileiro dá a saúde pública.
Para termos um ideia do caos da situação financeira: atualmente, o déficit dos hospitais gaúchos é de R$ 1,2 bilhão, enquanto em nível nacional o número é de R$ 11 bilhões.
A estimativa é de que o número cresça para R$ 1,5 bilhão e R$ 16 bilhões até o final do ano.
No Rio Grande do Sul, as entidades filantrópicas respondem por mais de 75% do atendimento SUS à população, estas 245 entidades contam com 22.977 leitos, sendo 15.590 destinados ao SUS; Além disso, em 220 municípios do Estado, o único hospital que existe é filantrópico.
Parabéns a esses verdadeiros guerreiros que lideram e  trabalham  em  Instituições Filantrópicas.
Hoje é um caos. 
Mas, sem eles não existiria nem o caos.
Gestores, médicos, enfermeiros, técnicos, trabalhadores em geral fica meu modesto registro de orgulho pela dedicação de vocês.
Ao mesmo tempo,  minha indignação por nada mudar.
Torço para que mude.
Continuem trabalhando pela mudança. 
A cidadania agradece.
Em frente. Nada mudou é uma expressão que pode mudar.
Trilha para fechar o dia e não o tema: Leo Jaime. Nada Mudou.