segunda-feira, 8 de abril de 2013

Descaso com Instituições Filantrópicas. Vergonha é pouco.



Nosso país é um catálogo de coisas que nos envergonham.
De A até Z.
Vamos encurtar e citar os , infelizmente,  já  consagrados.
Educação, Ética,  Corrupção,  Impostos., Responsabilidade fiscal e Saúde.
Nesse último tema é o  que dedico o post de hoje .

A paralisação dos hospitais filantrópicos , que aconteceu hoje, foi  extremamente  importante.
Se não fosse  atos , como o de hoje,  os gestores públicos não estariam  nem ai.
Usam e abusam da boba  lógica: “ o paciente não vai ser atendido”.
É uma decisão difícil, das entidades filantrópicas. 

Não é uma questão de escolha. 
Não atender, reivindicar, reivindicar não atendo.
Pessoas carentes necessitam de atenção, óbvio.
Mas, temos que pensar, que se o sistema filantrópico explodir eles nunca mais terão atendimento.
Um dia sem atendimento em nome do futuro é compreensível. 
Acredito.

O que não é compreensível é essa desatenção que o Estado (Estado ?) brasileiro dá a saúde pública.
Para termos um ideia do caos da situação financeira: atualmente, o déficit dos hospitais gaúchos é de R$ 1,2 bilhão, enquanto em nível nacional o número é de R$ 11 bilhões.
A estimativa é de que o número cresça para R$ 1,5 bilhão e R$ 16 bilhões até o final do ano.
No Rio Grande do Sul, as entidades filantrópicas respondem por mais de 75% do atendimento SUS à população, estas 245 entidades contam com 22.977 leitos, sendo 15.590 destinados ao SUS; Além disso, em 220 municípios do Estado, o único hospital que existe é filantrópico.
Parabéns a esses verdadeiros guerreiros que lideram e  trabalham  em  Instituições Filantrópicas.
Hoje é um caos. 
Mas, sem eles não existiria nem o caos.
Gestores, médicos, enfermeiros, técnicos, trabalhadores em geral fica meu modesto registro de orgulho pela dedicação de vocês.
Ao mesmo tempo,  minha indignação por nada mudar.
Torço para que mude.
Continuem trabalhando pela mudança. 
A cidadania agradece.
Em frente. Nada mudou é uma expressão que pode mudar.
Trilha para fechar o dia e não o tema: Leo Jaime. Nada Mudou.



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