quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ronaldinho Gaúcho será a Paris Hilton do Grêmio?

 
A revista Exame, com data de capa de 15/12, publicou matéria de três páginas que deveria ser uma bula de cabeceira para  qualquer marqueteiro. Explico. Tem uma turma de emibieis da vida ou com somente vivência prática que cultua receitas literárias. Acreditam que marketing é tudo. No caso concreto, da cerveja, contrataram profissionais experientes, uma celebridade e dessa formulação acreditavam ser possível fazer um produto de nicho virar um produto de largo consumo. Tinha como meta conquistar 1,5% de participação nacional, o que renderia R$ 150 milhões em vendas. Para tal meta a Schincariol provisionou R$ 100 milhões para marketing e vendas o que inclui a contratação da Paris. Sabe no que deu? Segundo uma consultoria a marca deve fechar o ano com 0,2%. Isso mesmo zero vírgula dois por cento. Cabeças rolaram 150 profissionais. Dito isso você deve estar perguntando: o que a Paris, Devassa, Grêmio e Ronaldinho têm em comum?  Depois de ler, ouvir e assistir toda a crônica esportiva do RS, do Brasil e até a Italiana passar mais de uma semana fazendo exercícios hipotéticos sobre a vinda dele para o Grêmio (fala-se também em Flamengo e Palmeiras) considerei a hipótese do Ronaldinho ser a Paris Hilton e o Grêmio repetir a dose equivocada da Devassa em termos de marketing. Não existe ação de marketing que sustente produto frágil. No caso do Ronaldinho estamos falando de jogar bola. Na cerveja tem outras variáveis como distribuição, preço, força de vendas. Em comum, ambos, nasceram  ou nascem da crença que marketing é tudo. Bobagem. Voltando ao Ronaldinho fico pensando por que cargas d’água ele voltará jogar bem se não esta jogando nada. Peso na consciência não faz ninguém jogar nada. Alguém dirá que  será uma sacada de marketing. Digo que será uma Paris Hilton. Não resistirá dois carnavais. Os tais dos quatro “P” do marketing realmente são quatro. Sacadas valem para o vôlei, não para o futebol. A época do truque acabou. Vale lembrar o que disse, de maneira sábia, o Presidente da Schincariol: “A gente precisava deixar de fazer Power Point e vender mais cerveja”. Dá para parodiar. Menos Power Point e mais títulos. Se o Ronaldinho vier , como gremista, rezo para que ele não seja a nossa Paris Hilton e o Grêmio não seja a Devassa. Por vias das dúvidas fica a analogia, pois futebol e cerveja têm tudo a ver. Marketing não é tudo.
Pra finalizar lembro de uma sábia amiga que repetidamente cita: tem certas coisas que só bebendo. Concordo. Clica aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=GfdxU5d3B6M   





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