Graças aos “cavacos” do ofício tive a felicidade de conversar com o Erasmo. Osvil Lopes, jornalista especializado em música da antiga Folha da Tarde , me proporcionou esse momento único. Entrevistei-o no Plaza São Rafa el em 1982. Além da pauta ficamos conversando sobre a MPB durante mais de uma hora. Gravou uma vinheta para o programa, que na época esse escriba comandava.
O cara é um tremendão. Simples, genial. Grande artista , grande figura.
Para quem não sabe: vale um pouco de sua interessante história.
De origem pobre, cresceu apenas na companhia da mãe , uma baiana que se desdobrou para sustentá-lo: trabalhou de lavadeira, doméstica, auxiliar de enfermagem e inspetora de colégio.Ela contava que ficara viúva pouco antes de parir. A história, no entanto, desmoronou em 1964. Um policial, igualmente baiano, viu Erasmo pela televisão e resolveu procurá-lo. Era seu pai. Mal se deparou com o cantor, abraçou-o e implorou desculpas por tê-lo abandonado. O rapaz, à beira dos 23 anos e sentindo-se num folhetim, o perdoou, mas jamais conseguiu amá-lo. -
Nasceu Erasmo Esteves e virou Erasmo Carlos somente quando enveredou pela carreira artística.
Escolheu o pseudônimo inspirado em dois amigos que admirava: Roberto Carlos e o apresentador Carlos Imperial. Ou seja, como Erasmo Carlos iria se agigantar ainda mais. Afinal, descobrira, numa revista ,que Carlos agrega as letras iniciais de cinco soberanos: C de Cris to, rei dos reis; A de águia, rainha das aves; R de rosa, rainha das flores; L de leão, rei dos animais; O de ouro, rei dos metais; e S de sol, rei dos astros.
Roberto é o Rei. E o genial Erasmo é ?....De minha parte, creio, que o Rei não teria o mesmo reinado sem o Erasmo. O Rei é o Erasmo?
Nunca é tarde para um golpe monárquico...Sou mais um na multidão.
Trilhas:
O impossível. Participação do Kiko Zambianchi , clica e curta:
Mais um na multidão. Outra que vale curtir entre tantas:
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