sábado, 30 de abril de 2011

Um casamento é mais importante que o aniversário de um desastre?



Pelo visto sim.


A mídia , em geral, acredita que um casamento nobre merece mais espaço do que os 25 anos da explosão de Chernobyl e suas consequências até os dias de hoje. Corrigindo. Exceto a incomparável The Economist.


Relembrando: Em 26 de abril de 86 a usina referida explodiu. O governo soviético escondeu e somente após 3 dias o mundo tomou conhecimento. Enquanto isso a radiação seguia se espalhando.
A explosão liberou 440 vezes mais radiação que a bomba atômica lançada em  Hiroshima, em agosto de 1945.

 
 Milhares de pessoas ficaram doentes. A floresta virgem e as fazendas da região ficaram seriamente contaminadas. A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 600 mil pessoas foram gravemente expostas à radiação e que houve mais de seis mil casos de câncer de tiróide em pessoas que na época da explosão eram ainda crianças. Acredita-se que mais de 4 mil pessoas morreram prematuramente em virtude da explosão.

 A precipitação radioativa de Chernobyl permanece como um perigo para o meio ambiente, mas quase não há pesquisas sobre o tema, um quarto de século depois do desastre, afirmaram especialistas.


De acordo com estudos, animais como castores, veados, cavalos selvagens, gaviões e águias retornaram para a zona de isolamento de 30 quilômetros em Chernobyl desde que os humanos fugiram e a caça tornou-se ilegal.Mas esse cenário é enganoso, afirma o professor de biologia da Universidade de Carolina do Sul, Tim Mousseau, um dos poucos cientistas a testar a biodiversidade em torno de Chernobyl com profundidade.Em 2010, Mousseau e seus colegas publicaram o maior censo da vida selvagem na região de exclusão de Chernobyl.O levantamento mostrou que o número de mamíferos caiu, assim como a diversidade de insetos, incluindo marimbondos, gafanhotos, borboletas e libélulas.Em um estudo publicado em fevereiro deste ano, foram registrados 550 pássaros, de 48 espécies e de oito locais diferentes, que tiveram seus cérebros medidos.Aves que viviam em locais de alta radiação tinham cérebros 5% menores que aquelas que viviam em lugares onde a radiação era menor - e a diferença era grande entre aves com menos de um ano.

The Economist: além  matéria , fotos e créditos confira  cliclando em :

Trilha: Secos & Molhados. Rosa de Hiroshima.
ou então Vamos fugir, com o Skank.


2 comentários:

  1. Acho válida tua indignação, mas por outro lado é preciso anestesiar a dor com imagens de " contos de fada ". Não é possível viver só das misérias e tragédias da vida.
    Um abraço.
    Alzirinha

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  2. Oi, o que esta em jogo é a falta de critério da mídia. Sem indignação não haverá mudança...abração. gil

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