domingo, 18 de março de 2012

“Não gostava de dança”. Win Wenders no Estadão hoje.



É balé ? É teatro? Ou é simplesmente vida? 
São esses os questionamentos que apresentam Pina, documentário em 3D do diretor alemão Wim Wenders. 


No Brasil  a produção tem  estreia oficial  no dia 23 de março. 
Indicado ao Oscar 2012 de melhor documentário, Pina lança um olhar sobre o trabalho da coreógrafa alemã Pina Bausch (que morreu aos 68 anos, em 2009), por intermédio de sua companhia, a Tanztheater Wupperta, que segue na ativa.


Um dos grandes nomes da dança do século 20, Pina revolucionou a arte ao levar ao palco o seu teatro-dança, uma forma de dançar que destaca o lado humanístico das coreografias, e aceita toda a sorte de movimentos e gestos. Suas coreografias eram criadas de maneira colaborativa e traziam inspirações das cidades por onde a artista passava. 


Outro ponto alto nas obras de Pina era o palco, que ganhava elementos externos, como água, terra e pedras gigantescas.
No filme, Wenders abre espaço para que as criações de Pina falem por si.
Outro ponto que merece atenção é a utilização da tecnologia 3D em um longa dito de arte, uma vez que a maioria das produções que usam essa técnica até o momento tende a ser obras de aventura e animações, com foco no público mais jovem. 


Com isso, Wim Wenders se torna um dos primeiros diretores de renome a ir contra o estigma das produções feitas em três dimensões e aproveitar, sem preconceito, o que de interessante a tecnologia pode oferecer.
Ainda bem que o talentoso Win Wenders não gostava de dança até conhecer a Pina. Mudou. Para sorte de nos outros.


Curtam:
Trilha com Celia Cruz e Guantanamera


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