A Copa acabou no dia 15 de julho passado. Isso todo mundo sabe.
Para alguns, não.
É o caso do Neymar e da marca de aparelhos de barbear.
Se ele tivesse feito dentro de campo, o que ele “fez” no
mundo digital, provavelmente o Brasil teria sido campeão.
Brincadeiras a parte abrimos a semana com a veiculação de um
comercial no horário nobre, no último
domingo, com um comercial da Gillette tentando casar o conceito começar um novo
dia de barba feita ou de cara nova com fazer a barba da imagem do jogador.
No entanto, ao tentar barbear a imagem do atleta, a marca
acabou se cortando. Ou melhor: não contribui nem para posicionar melhor sua
imagem e a dele. O comercial saiu pior
do que quando o nosso país deixou a
Copa.
Como comentei, no programa do Nando Gross (rádio Guaíba,
Porto Alegre) na segunda de manhã, em gestão de conflitos e imagem não existe
tratamento alopático. A melhor escola é a da homeopatia. Enfim, não basta
cortar a barba. Não funciona. Alguém poderá perguntar qual métrica para avaliar
isso? Só olhar o post do comercial no You Tube. Em números redondos temos,
hoje, 60 mil não gostaram e 36 mil curtiram. Nem vou referir as várias plataformas digitais que repercutiram,
negativamente, a ação da marca.
Uma frase que li ,numa delas, fala um pouco sobre o engano dessa ação: “não
acredito que o Neymar esta ganhando para pedir desculpas...”.
Dito isso vale lembrar que antes do filme veiculado com ele ,no
último domingo, a rede de fast food KFC pegou carona nas “roladas, do Neymar e fez,
no início de julho, um comercial
brincando com o “rolar” do jogador brasileiro. Abaixo , quem não viu, poderá
conferir o link.
Tá você deve estar pensando o quê Neymar, Gillette, KFC
possuem em comum com O Boticário?
Essa marca de cosméticos lançou no dia 27 de julho sua campanha
do Dia dos Pais.
Um comercial só com negros.
Teve mais de 6,5 milhões de
visualizações no You Tube.
O que saltou aos olhos foi a quantidade de não
gostei. Mais de 16 mil.
Até ai tudo bem. O que foi triste então? A quantidade
de comentários racistas.
Resumo da ópera: a marca de barbear tentou fazer um
reposicionamento de imagem e parece que não se deu bem. A KFC surfou na onda,
ou melhor, no rolar do Neymar e se deu bem. O Boticário, novamente, fez um
golaço com essa campanha, pois além de uma narrativa competente permitiu que
soubéssemos que o racismo esta longe de acabar nesse país. Triste.
A seguir os links desse post. Começo com minha participação no programa do Nando Gross e depois com o comercial da Gillette, da rede KFC e do O Boticário.
Comercial da Gillete
https://www.youtube.com/watch?v=lJRjk0SGcqQhttps://www.youtube.com/watch?v=lJRjk0SGcqQ
Comercial da KFC
https://www.youtube.com/watch?v=hdpYlrX9rzAhttps://www.youtube.com/watch?v=hdpYlrX9rzA
Comercial de O Boticário
https://www.youtube.com/watch?v=Aa-wZefbriMhttps://www.youtube.com/watch?v=Aa-wZefbriM
Dos três comerciais, gostei mais do KFC. O mundo da propaganda é incrível e, jamais vamos agradar a todos.
ResponderExcluirCom certeza amigo Francisco o melhor é o da KFC. Viva a boa e criativa propaganda. Gracias pelo prestígio.
ResponderExcluirGil, Fostes perfeito na análise dos comerciais a da KFC embora a empresa negue semelhança com Neymar é muito bom! Pena que ainda tenhamos que enfrentar essas situações no nosso dia á dia! Abraços!
ResponderExcluirMuito obrigado pelo prestígio da leitura e comentário. Pena que o perfil não esta identificado. Abração.
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