Barack
Obama já conhecemos. Seus acertos e erros.
Do
outro lado do rio corre , entre republicanos, uma leva de conservadores instigantes
,para não dizer outra coisa.
Rommey é um
deles com grande chance de enfrentar o Obama.
Vale
ler o que dizem algumas publicações:
Romney
pode ter mais dinheiro, a melhor organização e, quase sempre, os melhores
números nas pesquisas em duelos hipotéticos com Obama. Mas ele ainda não foi
capaz de lidar com o zelo populista e antigoverno do partido ou convencer
conservadores mais tradicionais de que ele é um porta-bandeira aceitável em uma
eleição na qual grande parte da direita espera não apenas tirar Obama do poder,
mas permanentemente mudar os valores e a direção da nação”. Leia análise de todos candidatos em:
“Romney
é o mais moderado e o que tem mais chances de obter a indicação do seu partido.
Mas o fato de que esteja sob ataque intenso dos seus adversários por não ser
“um verdadeiro conservador” e a constatação de que sua indicação não está
assegurada mostram como uma parcela significativa do eleitorado
norte-americano, representada no Partido Republicano, se entricherou em
posições de direita. Uma direita que se radicalizou sem parar desde o início
dos anos 80, em reação à “revolução dos costumes” e à expansão dos programas
federais, em especial na área social, que marcaram os anos 60.
Hoje ser de direita nos
Estados Unidos significa essencialmente duas coisas: ser a favor de um Estado
mínimo e contra os programas federais de apoio aos mais pobres (a suposição é
de que tais programas só servem para estimular os mais pobres a não se esforçar
e para pagar salários a burocratas em Washington); ii) ser contra a liberdade
de escolha individual em temas como aborto, casamento com pessoas do mesmo
sexo, uso de drogas, etc. O conservadorismo moral extremo, de fundo religioso,
vem acompanhado de descrença na ciência. Por exemplo, boa parte da população
norte-americana não acredita que a mudança climática seja produzida pela
atividade humana, a despeito das inúmeras e reiteradas evidências científicas.
O governo, portanto, não teria nada que estabelecer regras para reduzir a
emissão de gases de efeito estufa. Como se vê, lá o conservadorismo moral anda
de mãos dadas com a crença no Estado mínimo. No fundo, a direita pura e dura
nos Estados Unidos tem nostalgia dos primórdios do pais, quando grupos de
puritanos brancos se organizavam em pequenas comunidades rurais e não havia
quase governo, muito menos um governo federal.
Do governo federal, essa
direita só quer Forças Armadas fortes para destruir quem ameace a segurança dos
Estados Unidos, temor que não raro alimenta visões paranóicas. Parte dela é
isolacionista e não quer ver o dinheiro do contribuinte americano e vidas de
soldados americanos desperdiçados no exterior. Parte acha que os Estados Unidos
têm a missão de moldar o mundo ao seu feitio e semelhança, pela força se
necessário.
Rick Santorum, senador pela
Pensilvania, é o protótipo do conservador moral, com cara de bom moço, sete filhos,
a mesma esposa há mais de vinte anos, e uma oposição colérica ao aborto, às
pesquisas com células-tronco e mesmo à fertilização em vitro, para não falar em
casamento gay. Em Iowa ele perdeu por oito votos para Mitt Romney. Ron Paul,
deputado pelo Texas, é a quintessência do conservador isolacionista e
anti-estatal, defensor da esdrúxula proposta de acabar com o Banco Central dos
Estados Unidos. Ele chegou em terceiro em Iowa. Newt Gingrich, líder
republicano na Câmara no Governo Clinton, é o que mais se aproxima do
imperialista beligerante. Já se declarou favorável à invasão do Irã, não apenas
para conter o eventual desenvolvimento de armas nucleares naquele país, mas
também para substiutir o regime dos aitolás.
Não aprendeu nada com o Iraque e o
Afeganistão.
E Mitt Romney, quem é?
Ex-governador de Massachussetts, um estado mais liberal, e um sujeito que
ganhou muito dinheiro em um banco de investimento. Suas posições políticas se
adaptam às circunstâncias. Como governador de Massachussetts, aprovou uma
reforma do seguro saúde semelhante à de Obama. Ele é visto com desconfiança
pela base do partido Republicano, apesar do esforço que tem feito para se
mostrar um “verdadeiro conservador”, não hesitando em voltar atrás no que antes
afirmou (sobre mudança climática, por exemplo). Apesar disso, é o favorito para
ganhar as primárias e ser o candidato do partido nas eleições de novembro. Isso
porque, sendo mais moderado, é o que melhores chances tem de conquistar o
eleitor independente, decisivo para quem quiser chegar à Casa Branca.
Enquanto os republicanos se
digladiam, a economia dá sinais de recuperação e a reeleição de Obama parece
ser a hipótese mais provável. Melhor para os Estados Unidos e melhor para o
mundo.” Sergio Fausto.
Texto
completo no Blog do Sergio Fausto: http://www.observadorpolitico.org.br/2012/01/que-direita-e-essa/
Trilha
com Beatles, Revolution. http://www.youtube.com/watch?v=PUs5yuWp6Ro
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